Durante o Dia Internacional da Mulher celebrado no dia 8 de março, a Faculdade Novo Tempo de Itapipoca (FNTI) recebeu em sua sede a equipe do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM). A instituição é um espaço de acolhimento/atendimento, psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência.

Representando o CRAM estiveram na FNTI, a coordenadora da entidade, Janine Paixão Montenegro, a psicóloga, Naira Romero Assunção e a educadora social, Francisca Leilandia Alves Oliveira.

Naira conduziu uma palestra sobre os serviços oferecidos pelo CRAM e aproveitou para citar alguns casos que se enquadram em agressões. “Explicamos quais os tipos de violência sofrida pela mulher, que são vão além da física, a exemplo, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Também apresentamos os nossos serviços, como acolhimento, atendimento individualizado, palestras e rodas de conversa. No CRAM contamos com psicólogos, assistentes sociais, advogados, além da coordenadora e dos educadores sociais”, finalizou.

A vinda do CRAM foi organizada pelo projeto de extensão do curso de Enfermagem intitulado “Promoção de Saúde da Universidade” e contou com o envolvimento dos acadêmicos do curso.

Fazendo parte dos 73% do quadro de alunos formado por mulheres, a estudante do 3º semestre de Enfermagem, Maria Josivânia da Silva, considerou a iniciativa proveitosa “Nós como acadêmicos ficamos muito satisfeitos com a FNTI ter acatado o projeto e contribuído com a sua prática. Estes momentos de reflexão são de suma importância tanto para a manutenção do conhecimento como a título de informação dos serviços que o município disponibiliza, como a conscientização de devidas ações dos jovens diante de uma sociedade tão conturbada”.

A Faculdade Novo Tempo de Itapipoca (FNTI) promove para os seus estudantes programas de responsabilidade social, justamente por acreditar que o acadêmico deve vivenciar de forma mais humana o contato com a comunidade.

Entenda o cenário
Em 2018, segundo um levantamento do Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 16 milhões de mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de violência: 3% ao se divertir num bar, 8% no trabalho, 8% na internet, 29% na rua e 42% em casa.

O número de agredidas fisicamente alcança quase cinco milhões de mulheres, uma média de 536 mulheres por hora em 2018; e 177 espancadas.

A pesquisa mostra que 76% das mulheres vítimas de violência contam que conheciam o agressor: o marido, um ex-namorado, um vizinho. E quando perguntadas o que fizeram depois da agressão, mais da metade respondeu: nada – sequer chamou polícia. Um dado que revela como pode ser difícil quebrar o silêncio.